“K.I.S.S.”, Mýa [2011]

Data de lançamento: 20 de Abril de 2011

Género: R&B, Dance, J-Pop

Duração: 59 min.

Editora: Manhattan

Produção: Mýa, Carvin & Ivan, Chuck Harmony, Daisuke Imai, Lil’ Eddie, Jeff Miyahara, Young Yonny

Como já se espera de uma álbum R&B por estes dias metade das faixas irá, à partida, ser uma bosta. No entanto, nos momentos em que Mýa dá alguma qualidade à sua música até que consegue superar muitos artistas mais ‘mainstream’ do género. A faixa título “K.I.S.S.” apesar de bem boa está condenada a ser uma daquelas músicas que tocam na pastelaria mais próxima às 8h da manhã. Já “Fabulous Life” é realmente boa. Aqui notam-se influências da cena J-Pop (ou não se tivesse Mýa inspirado na música pop japonesa para este disco), Janet Jackson ou música dos anos 80 em geral. É uma faixa Dance muito bem conseguida.

Depois segue uma data de faixas fatelas, incluindo um horrível dueto com o ainda mais horrível Sean Paul. Mas por falar em duetos até temos aqui um bem aceitável, com Marques Houston, “Love Me Some You”, uma balada R&B mais genérica. Um dos últimos suspiros do disco é “Love Comes Love Goes”, que vai buscar inspiração a algumas baladas poderosas do final da década de 90. Outro é o grande momento do álbum, “Alive”, uma exercício Dance-Pop que nos remete novamente para Janet Jackson (o que é bom, afinal de contas ela é a rainha do R&B moderno). Por fim temos, já agora, um remix de “Fabulous Life”, que também é bonzinho.

No meio de tanta música fatela, Mýa lá consegue oferecer alguns momentos que por si só já valem a pena a atenção. Mas no cômputo geral K.I.S.S. acaba por ser um álbum apenas medíocre. Fiquem-se pelas faixas que mencionei.

1. "K.I.S.S."
2. "Rear View Mirror" (feat. Sean Paul)
3. "Fabulous Life"
4. "Mess Up My Hair" 
5. "Fugitive of Love"
6. "Love Me Some You" (feat. Marques Houston)
7. "Mr. Incredible"
8. "Problem + Solution"    
9. "Runnin’ Back" (feat. Iyaz)
10. "Before U Say Goodbye"
11. "Sorry"
12. "Love Comes Love Goes"
13. "Evolve"
14. "Alive" (Bonus Track)
15. “Fabulous Life (Dawty Remix)”

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“Wars Of The Roses”, Ulver [2011]

Data de lançamento: 25 de Abril de 2011

Género: Art Rock, Ambient, Electronic

Duração: 45 min.

Editora: Kscope

Produção: Ulver, John Fryer

O disco começa com uma violenta música recheada de elementos electrónicos e, pensamos nós, estamos perante uma aventura mais ou menos psicadélica. Os noruegueses enganam-nos logo aqui. O que se segue são faixas Ambient bem negras e pesadas que apesar de soarem muito bem nunca chegam a ser aquilo que o promissor início nos poderia levar a pensar que eram. O trabalho dos violinos em “Norwegian Gothic” é notável, e a veia Art Rock de “Providence” mostra ‘twists’ suficientes para manter as coisas interessantes mas por muito melancólicos que estejamos não será um álbum que marque. “England” e “Island” matam o ‘momentum’ do álbum, embora esta última nos acorde no final com uma secção fantástica de sons rasgantes.

Mas o que realmente nos mantém presos ao álbum é o arrojo da banda… gritante na última faixa. Quase 15 minutos de música ambiente de topo. A voz do vocalista ao longo da faixa pode estragar as coisas para alguns, mas não deixa de até soar bem após habituação. O som de fundo é simplesmente fenomenal, lindíssimo; somos levados para outra dimensão, quase, hipnotizados pela acalmia geral da suave parede de som criada pela banda. Ocasionalmente, e de acordo com o que está a ser dito (com tom de voz distinto, diga-se, estilo Zen), lá ouvimos outros sons que evitam que “Stone Angels” seja um quarto de hora monótono. Longe disso: é uma viagem e pêras.

Mesmo com o abrandamento ali pelo meio “Wars Of The Roses” é um álbum bastante satisfatório. Podia ser bem melhor mas o balanço é muito positivo. Mesmo com todos os reparos que fiz não deixa de ser recomendável

1. "February MMX"
2. "Norwegian Gothic"
3. "Providence"
4. "September IV"
5. "England"
6. "Island"
7. "Stone Angels"

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